História


É um projeto que tem o objetivo de trabalhar com a elevação da auto-estima do Afro-Descendentes através da inclusão cultural. Os Instrumentos pedagógicos e metodológicos do projeto são: a música, a dança e o exercício do toque dos instrumentos musicais de percussão. 
A principal referência desse projeto são os valores e princípios de origens das matrizes africanas, por isso o exercício de respeito e louvação dessas manifestações culturais como o afoxé, o maracatu, a capoeira, o samba, etc.
O projeto nasce em junho de 2003 com a atividade do Oju Obá. Oju significa olhos, Obá significa Rei. Trata-se de uma referência a Xangô. Na verdade “somos” através da dança e do projeto, os olhos do rei (Zumbi), uma alusão as ações afirmativas.
Somos os olhos do rei, da resistência e da luta, afinal, Zumbi é uma referencia nacional. Esses olhos estão aqui para cobrar ações afirmativas, políticas públicas para o negro.
O Oju Oba é isso, a história do grupo revela isso, participamos de vários seminários, conferências ligadas às minorias. Foram inúmeras apresentações em vários municípios. Então se trata também de uma resposta ao preconceito e a intolerância.
A expectativa para esse ano é de crescimento e conhecimento. Com o incentivo do ponto, todas as ações são potencializadas. O leque de informação se ampliou e nesse sentido entendemos ser importante ampliarmos nosso arco de relação e aliança cultural na perspectiva de dar ao projeto aos participantes vida longa e oportunidades.

Folhetim Caminhos 1° Edição
Comunicação Popular
 
História
Mãe Eleonora resume numa conversa a trajetória do grupo de dança OJU OBÁ e do Projeto Caminhos.
Cercada de amigos, filhos de santos, protegida pela imagem de Yemenjá e observada fixamente por seu Zé Pilintra grafitado num de seus ambientes preferidos, o Empório Cultural Flor do Dendê, Mãe Eleonora fala da trajetória do OJU OBÁ e do projeto caminhos para o Folhetim da entidade. Para Doné como é carinhosamente chamada pelos amigos o Oju Obá antecede o projeto caminhos. Por conta da dança é que se teve a idéia da implementação do projeto caminhos.
O projeto nasce em junho de 2003 com a atividade do Oju Obá. Oju significa olhos, Obá significa Rei. Trata-se de uma referência a Xangô. Na verdade “somos” através da dança e do projeto, os olhos do rei (Zumbi), uma alusão as ações afirmativas. A grife Criolê que no seu início era chamado de Capadócia é outra ação do movimento que hoje é chamado Caminhos
Somos os olhos do rei, da resistência e da luta, afinal, Zumbi é uma referencia nacional. Esses olhos estão aqui para cobrar ações afirmativas, políticas públicas para o negro. O Oju Oba é isso, a história do grupo revela isso, participamos de vários seminários, conferências ligadas às minorias. Foram inúmeras apresentações em vários municípios.  Nesse período iniciamos os ensaios e o trabalho de convite e convencimento das pessoas a participarem do projeto, foi muito difícil.
Na época víamos muitas reportagens de grupos de danças afros da Bahia. Era um sonho antigo nosso de criarmos um grupo semelhante. A intolerância religiosa e o preconceito foi outra motivação para avançarmos com a idéia. Então se trata também de uma resposta ao preconceito e a intolerância. Nesse mesmo período convidamos o Jongo para uma apresentação aqui em Hortolândia, a alegria e a magia dos cantos do jongo nos contagiaram. Depois desse período e com o contato com a Érica dançarina e coreografa iniciou-se nossas atividades.
Ao mesmo tempo com a empolgação surgiu a dificuldade de encontrar jovens interessados em dançar e discutir as questões afro, o que não é fácil. Aí se estabeleceu a dificuldade. Saímos, panfletamos, convidamos, enfim, ninguém queria vir por conta do caráter religioso da dança, por não conhecer a dança os jovens achavam que era axé music, além da dificuldade do jovem negro de mostrar-se.
Uma das conquistas do grupo foi a descoberta e vinda do jovem Herbet, hoje um dos destaques do grupo de dança.
Em 2005 depois de dois anos de luta e persistência num encontro com o Jura do Pote do projeto CHOCA demos um passo importante, pois haviam jovens que faziam parte de um projeto e que estavam  parados, alguns vieram, passaram e foram embora. Daí então surgiu o primeiro grupo, a primeira formação do Oju Obá em parceria com a ONG Choca.
De 2005 a 2009 foi um período de altos e baixos, o grupo ficou conhecido na RMC, lidando com toda dificuldade que é característico do movimento cultural, dificuldade na compra de instrumentos, figurinos, despesas com viagens.
Em 2007 soubemos do edital do Ponto de Cultura e iniciamos a preparação para a concorrência. A partir daí iniciamos a coleta de informações e o monitoramento dos editais. Em 2008 recebemos uma indicação de emenda parlamentar que não se concretizou. Ainda nesse mesmo ano Caminhos criou o Afoxé para apresentar-se no carnaval. O projeto caminhos foi selecionado pelo programa de prêmios de cultura populares, além da classificação para a escola viva com previsão de execução nesse ano de 2010 no município.
A oficina 3x4 realizada no teatro Sia Santa em Campinas em 2009 foi importante para acumularmos informações essenciais. Após varias tentativas em disputa dos editais, como a Ação Griôs e o prêmio de culturas populares obtivemos uma grande conquista com a seleção do Ponto de Cultura. Foi um prêmio por tudo que fizemos e acreditamos nos últimos anos.
Verdadeiramente o ano de 2010 é um novo momento para o projeto Caminhos, pois o ano iniciou a todo vapor com apresentação no Rio Grande do Sul no Fórum Social Mundial de economia solidaria e nos 10 anos do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.  Além da estréia como o ponto de cultura da cidade Hortolândia premiado em 2009. A agenda do projeto para o 1° semestre é intensa com apresentações em São Paulo, aqui em Hortolândia e tantos outros convites que já surgiram.
A expectativa a partir de agora como ponto de cultura é de crescimento e conhecimento. Com o incentivo do ponto, todas as ações são potencializadas. O leque de informação se ampliou, você obtêm informações de todos os outros pontos de cultura do estado e do Brasil. Portanto, a expectativa é muito positiva.
Espero que, cada vez mais as pessoas façam cultura, ela faz bem pra alma, eleva o auto estima. Devemos fazer a política cultural por meio dessas ações. A cultura simplesmente inclui, a pessoa não precisa de nível superior, acadêmico para fazer folia de reis, capoeira, jongo, etc.
Na verdade, existe um processo de inclusão cultural com a vinda do Ponto de Cultura que, quem não está contemplado num programa dessa envergadura tem dificuldade de obter informações privilegiadas.